terça-feira, 22 de junho de 2010

o "mal do século" adora minha companhia

O dia em que as folhas voarem, criarei versos na textura das paredes. Todavia se o grafite falhar primeiro, os mosaicos e origames falarão por mim. Meu alimento é papel e minha bebida a tinta. Meus melhores amigos dormem empilhados no armário.
E assim como a eternidade é prêmio para um grande inventor, minhas palavras me farão mais viva do que agora que o coração ainda bate. Será a maior herança. Terá maior serventia que os possíveis sapatos de bronze e as moedas guardadas no colchão. Quiçá mais útil pra quem lê  do que pra quem hoje escreve.

Viu só a responsabilidade?

Além do mais, o tempo é escasso. Só até que o "mal do século" me corroa.

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