Ante
as pedras, à construção perfeita - um Cavaleiro só, de aspecto sombrio, guarda
seu castelo. Porém é, de fato, seu? É seu trabalho guardá-lo, e é seu dever
mantê-lo, por entre as chuvas torrenciais e as corriqueiras nuances do Sol. Mas
é, de fato, seu? Diriam, então, que não o pertence, mas ao Rei a quem o
Cavaleiro deve o cargo.
Afinal, ele assistiu nascer, erguer-se e escolheu tons e pedras - mas é, de
fato, seu dono? Apenas um dos dois é imperecível, porque perfeito em si. Mas
não o Rei.
Então diriam, imagino, ser o Vento*, que moldou as pedras. Ou a terra, que
geriu firmeza.
Ou o ser que de um sopro ou infinitas palavras fez o que se compreende por
vento e o que se compreende por terra. Porém nós, todos aquém, não compreendemos
quem é, ou se alguém de fato é, seu dono.
Algum desses, todos metáforas vis, podem ser o palpite. Mas não o meu.
Compreendo que sou eu seu único dono e mantenedor, pois dos tempos imemoriais
escrevo e guardo nesse Castelo todas as minhas prosas. Ora templo, ora
cemitério, jamais abandonou.
O que é meu e está lá é, ora lenda, ora mistério.
E permanecerá no porvir a incerteza do que exatamente o poeta guarda no
Castelo.
*De um outro castelo, este não é dono senão seu maior temor.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Princesa dos Olhos
Você o tem, pelo mérito de tê-lo criado. Não existia sorriso. Existia, sim, motivos para sorrir, mas não eram os motivos desejados. Existia, sim, motivos para andar por aí, tropeçante, com olhos grandes, brilhantes - mas, novamente, não eram os almejados. Você foi o primeiro motivo. Você é, ainda é, o único.
Eu andei longe para encontrar. A princesa da terra distante, você foi. Agora, não mais distante, ainda é.
A princesa dos olhos. Meus e teus olhos.
Quando cuida, quando esmera, merece.
Frases desconexas, como pensamentos.
Pensamentos meus que são seus, como os sorrisos.
Quando me viro, descontente de ingrato, e sorrio ao mundo que não te é, sorrio com o sorriso que você me deu. Quando não sorrio, abraço a causa amarga e doce que você é. Dependente, te sou e te contemplo.
À princesa dos olhos.
Não há nada mais forte em mim, que senti-la me sendo. O medo, mais fraco é. O mundo, aos joelhos cairá. Que mais vale da estrela afogar-se num lago e bradar sua mansidão - o brilho, perceba, é passageiro.
(Desta metáfora, somos a estrela, o lago, a mansidão e o brilho.)
Disseste ser a mão a parte em mim Kleber. Agora, mira os sorrisos. À parte, em si Anna, em mim.
Os seus, desenhei como engenheiro dos céus. Não todos, mas os meus sorrisos, ergui-os.
Convida-me a sorrir mais forte. Use as mãos como anzóis dos meus lábios, se couber e agradar a metáfora. Convida-me novamente ao seu reino das palavras.
Princesa dos olhos, é.
Decifrar a mente pelo enlace das mãos.
Decifrar a alma pela refração dos meus olhos nos seus.
Eu andei longe para encontrar. A princesa da terra distante, você foi. Agora, não mais distante, ainda é.
A princesa dos olhos. Meus e teus olhos.
Quando cuida, quando esmera, merece.
Frases desconexas, como pensamentos.
Pensamentos meus que são seus, como os sorrisos.
Quando me viro, descontente de ingrato, e sorrio ao mundo que não te é, sorrio com o sorriso que você me deu. Quando não sorrio, abraço a causa amarga e doce que você é. Dependente, te sou e te contemplo.
À princesa dos olhos.
Não há nada mais forte em mim, que senti-la me sendo. O medo, mais fraco é. O mundo, aos joelhos cairá. Que mais vale da estrela afogar-se num lago e bradar sua mansidão - o brilho, perceba, é passageiro.
(Desta metáfora, somos a estrela, o lago, a mansidão e o brilho.)
Disseste ser a mão a parte em mim Kleber. Agora, mira os sorrisos. À parte, em si Anna, em mim.
Os seus, desenhei como engenheiro dos céus. Não todos, mas os meus sorrisos, ergui-os.
Convida-me a sorrir mais forte. Use as mãos como anzóis dos meus lábios, se couber e agradar a metáfora. Convida-me novamente ao seu reino das palavras.
Princesa dos olhos, é.
Decifrar a mente pelo enlace das mãos.
Decifrar a alma pela refração dos meus olhos nos seus.
às
10:04
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