Receba a honra de compôr um título a este.
De um lado minha sabedoria; do outro a impotência de fazer-lhe saber:
Os dentes em “V”; a minha disposição.
A dupla de pelos no dedo anelar; meu desejo de nele estar.
A cicatriz na raiz dos cabelos; meu amor próprio.
É destro de mão e canhoto de pé; meu pedido de perdão e confiança.
O cobertor sem “R”; o sorriso que eu quero ser.
O coração é grande, destaca o lado do peito; minha perseverança.
Pés trinta e nove; meu amor mil.
O desejo pelos seios; meu suor ao ter seu corpo.
A pinta rasa no queixo; minha saudade (nada rasa).
O irmão vivo o compôs; a chance.
A sua cor é o azul real (reino das palavras); o amarelo dos meus olhos não mentem.
O tempo para ele; para mim.
As lembranças dele; minhas palavras não ditas.
Sei o primeiro pensamento ao acordar e o último ao adormecer; meu desejo de continuá-los sendo.
Tenho a mais íntima sabedoria dele, entretanto não seu convencimento.
Minha fortuna foi maior que a de Diego, este lhe seria mais velho. O veria pôr-se entre os coqueiros e tornar-se Mestre. Eu o vejo. O ouço. Depois de perder-se no reino que habito, ele pensa palavra por palavra num banho no escuro. Mas não as torna