terça-feira, 18 de setembro de 2012






Receba a honra de compôr um título a este.

De um lado minha sabedoria; do outro a impotência de fazer-lhe saber:
Os dentes em “V”; a minha disposição.
A dupla de pelos no dedo anelar; meu desejo de nele estar.
A cicatriz na raiz dos cabelos; meu amor próprio.
É destro de mão e canhoto de pé; meu pedido de perdão e confiança.
O cobertor sem “R”; o sorriso que eu quero ser.

O coração é grande, destaca o lado do peito; minha perseverança.

Pés trinta e nove; meu amor mil.
O desejo pelos seios; meu suor ao ter seu corpo.
A pinta rasa no queixo; minha saudade (nada rasa).
O irmão vivo o compôs; a chance.
A sua cor é o azul real (reino das palavras); o amarelo dos meus olhos não mentem.
O tempo para ele; para mim.
As lembranças dele; minhas palavras não ditas.
Sei o primeiro pensamento ao acordar e o último ao adormecer; meu desejo de continuá-los sendo.
Tenho a mais íntima sabedoria dele, entretanto não seu convencimento.

Minha fortuna foi maior que a de Diego, este lhe seria mais velho. O veria pôr-se entre os coqueiros e tornar-se Mestre. Eu o vejo. O ouço. Depois de perder-se no reino que habito, ele pensa palavra por palavra num banho no escuro. Mas não as torna em resposta. As águas que lhe banham escorrem para a lagoa e nela passeio, ele sabe. Eu sei. Que ele persegue carros em volta de sua cabeça e os evita dizer em verdade. Ele não quer calar-se, e sim juntar-se ao poeta. A parceria me manterá viva, para que após a cura haja nós. Ele sabe o meu sonho e este lhe é toda a sabedoria sobre mim. Eu sou isso. E ele é verdade.

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