quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Princesa dos Olhos

Você o tem, pelo mérito de tê-lo criado. Não existia sorriso. Existia, sim, motivos para sorrir, mas não eram os motivos desejados. Existia, sim, motivos para andar por aí, tropeçante, com olhos grandes, brilhantes - mas, novamente, não eram os almejados. Você foi o primeiro motivo. Você é, ainda é, o único.

Eu andei longe para encontrar. A princesa da terra distante, você foi. Agora, não mais distante, ainda é.
A princesa dos olhos. Meus e teus olhos.

Quando cuida, quando esmera, merece.
Frases desconexas, como pensamentos.
Pensamentos meus que são seus, como os sorrisos.

Quando me viro, descontente de ingrato, e sorrio ao mundo que não te é, sorrio com o sorriso que você me deu. Quando não sorrio, abraço a causa amarga e doce que você é. Dependente, te sou e te contemplo.
À princesa dos olhos.

Não há nada mais forte em mim, que senti-la me sendo. O medo, mais fraco é. O mundo, aos joelhos cairá. Que mais vale da estrela afogar-se num lago e bradar sua mansidão - o brilho, perceba, é passageiro.
(Desta metáfora, somos a estrela, o lago, a mansidão e o brilho.)


Disseste ser a mão a parte em mim Kleber. Agora, mira os sorrisos. À parte, em si Anna, em mim.
Os seus, desenhei como engenheiro dos céus. Não todos, mas os meus sorrisos, ergui-os.

Convida-me a sorrir mais forte. Use as mãos como anzóis dos meus lábios, se couber e agradar a metáfora. Convida-me novamente ao seu reino das palavras.
Princesa dos olhos, é.

Decifrar a mente pelo enlace das mãos.
Decifrar a alma pela refração dos meus olhos nos seus.

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